sábado, 16 de fevereiro de 2008

Fim do acobertamento ufológico: a hora da verdade

Em 2004, os ufólogos iniciaram uma campanha sem precedentes, tanto na Ufologia Brasileira como na mundial. Depois de décadas convivendo com evidências da presença de naves e sondas ufológicas sob controle de outras inteligências em nosso meio, e ao mesmo tempo vivendo o maior processo de acobertamento já deflagrado contra os interesses da humanidade, iniciado após a queda de uma nave extraterrestre nas proximidades da cidade de Roswell, em 1947, resolvemos agir. Tudo começou com uma conversa sem maiores pretensões entre este autor, o editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd, e alguns amigos, ocorrida na localidade de Conservatória,onde está a famosa Serra da Beleza (RJ), área rica em manifestações ufológicas, que investigo desde 1982. Da insatisfação de todos os presentes com a perpetuação do sigilo governamental em relação ao Fenômeno UFO surgiram as primeiras idéias para se lançar a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, que se solidificaria nos dias seguintes com a adesão dos membros da chamada Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), criada anos antes para a realização do I Fórum Mundial de Ufologia, realizado em 1997, em Brasília. Durante este evento, pela primeira vez, os ufólogos brasileiros haviam feito uma solicitação formal ao Governo para por fim ao acobertamento ufológico, através da publicação de um documento que ficou conhecidocomo Carta de Brasília, assinada por todos os conferencistas presentes – entre os quais, cerca de 35 internacionais. A campanha, deflagrada pela Revista UFO e com a participação de boa parte da Comunidade Ufológica Brasileira, em poucos meses conseguiu milhares de adesões, como já foi amplamente divulgado. Através das páginas da publicação e do Portal UFO, como também em entrevistas e matérias na mídia em geral, os principais ufólogos à frente do movimento davam mais um o passo na busca de mostrar à sociedade o que estava acontecendo. De início, como já havíamos feito através da Carta de Brasília, lançamos o Manifesto da Ufologia Brasileira e solicitamos à Força Aérea Brasileira (FAB) a divulgação de documentos sigilosos relativos à Operação Prato, projeto secreto de investigação desenvolvido pelos militares do I Comando Aéreo Regional na Amazônia, em 1977, para investigar aquela que provavelmente foi a maior onda de aparições de discos voadores já verificada em nosso país. Se tal divulgação ocorresse, seria considerada como passo inicial no processo de abertura. A campanha também pedia à Aeronáutica a liberação dos documentos relativos à chamada Noite Oficial dos UFOs no Brasil, ocorrida em maio de 1986, quando nossos caças perseguiram por várias horas mais de 20 UFOs sobre a Região Sudeste. Posteriormente, foi também incorporada aomovimento UFOs: Liberdade de Informação Já uma solicitação referente à documentação do Caso Varginha. Estes três casos ufológicos, considerados os mais importantes da Ufologia Brasileira, eram os alicerces da campanha. Encontro histórico e inédito Com toda a pressão exercida pelos membros da CBU e dos ufólogos que se incorporaram à campanha posteriormente, a Revista UFO foi contatada pelos militares da FAB, mais especificamente pelo seu órgão de relações públicas, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), e começou a ser preparado o histórico e inédito encontro entre os militares e os membros da Comissão. Depois de semanas de preparação, foi agendada a data definitiva: 20 de maio de 2005. O dia do encontro amanheceu ensolarado na Capital Federal, e às 07h00 já estávamospreparados para aquele que seria o momento mais significativo da Ufologia Brasileira. Nosso primeiro destino foi o Hotel Meliá, onde teríamos uma rápida reunião durante o café da manhã com o major Antonio Lorenzo, do Cecomsaer. Lorenzo era o militar que havia representado a aeronáutica desde o início dos contatos com Gevaerd. O local da reunião prévia não foi escolhido por acaso – nem qualquer uma das demais atividades que aconteceriam naquele dia. O comando da FAB tinha interesse não só em realizar o encontro com os ufólogos da CBU, mas também que tal acontecimento chegasse de maneira rápida e efetiva à população do país, e havia escolhido o jornalista Luiz Petry, do programa Fantástico, da Rede Globo, para esta missão. Durante o café da manhã no Hotel Meliá, Lorenzo expôs as dificuldades vividas desde o início da preparação daquele encontro. Respondeu algumas perguntas sobre como as coisas ocorreriam e em seguida partimos para o prédio da Força Aérea Brasileira, dentro da estrutura do Ministério da Defesa. Depois de semanas de preparação, estávamos prestes a penetrar em uma das áreas mais sensíveis de todo o complexo militar brasileiro. Os ufólogos da CBU seriam os primeiros do país a lograr tal êxito.

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